Para quem acompanhou as notícias nos últimos dias não é novidade que estamos em um período delicado devido a um grande surto de “Coronavirus” (COVID-19) que se iniciou em Dezembro/2019 na província de Wuhan, China. O Dr. Leo Poon, um dos primeiros médicos chineses a decodificar o novo vírus, apontou que ele teve origem animal, porém pouco se ouviu falar sobre seu impacto direto neles.
Como se trata de uma nova evolução do vírus, não temos muitas informações além das que estão sendo compartilhadas em tempo real em meio a muitas “Fake News”; por isso O Mundo do Cavalo procurou especialistas para responder uma questão muito importante para nós: Os cavalos estão sujeitos a contrair o COVID-19?
A Dra. Leah Reid, veterinária especializada em cavalos residente na Florida (EUA), explicou em uma entrevista recente para o canal “Dani The Horse Girl” que não, o COVID-19, mesmo tendo origem animal e sendo constatado em animais de pequeno porte (que não desenvolvem sintomas, porém ainda sim atuam como vetores para a transmissão da doença) não afeta cavalos.
“Não existem indicações de que o novo vírus humano seja transmissível entre espécies.” afirma a Dra. Reid.
Vale também lembrar que o Coronavírus não é uma novidade tão grande no universo equestre: em 2010 uma variação do mesmo vírus foi constada em muitos cavalos, causando sintomas um pouco diferentes dos constatados no surto humano atual. O Coronavírus equino possui vacinas disponíveis e sua transmissão é muito mais branda do que nas novas versões da doença.
Isso que dizer que devemos vacinar nossos cavalos agora contra o Coronavírus equino?
“Também não”, afirma a Dra. Leah. Por mais que estejamos no meio do surto humano, o coronavírus equino foi estabilizado pouco tempo depois que foram constatados os primeiros casos, ainda em 2010. A Dra. Leah Reid ainda reforça que outras vacinas são mais prioritárias nesse momento, além dos cuidados básicos para preservar a saúde e desempenho dos animais.
Mesmo sabendo não ser transmissível para cavalos ainda precisamos ter muito cuidado sobre seu impacto humano.
Eventos tem sido cancelados para evitar aglomeração de pessoas e potenciais transmissões e, além disso, o Ministério da Saúde tem reforçado cuidados como:
1- Lavar as mas com frequência com sabão ou utilizar álcool em gel;
2- Cubrir o nariz e boca ao espirrar e tossir;
3- Evitar aglomerações, principalmente se experienciar sintomas;
4- Manter ambientes bem ventilados;
5- Não compartilhar objetos pessoais.
Tudo isso para evitar uma maior dispersão da doença comprometendo o sistema de saúde nacional e a saúde das pessoas que estão nos grupos de risco que é composto principalmente de idosos, diabéticos, hipertensos, pessoas com problemas cardíacos, asmáticos, doentes renais e fumantes, que têm o pulmão mais prejudicado por causa do cigarro.
Quem cuida ou convive com pessoas do grupo de risco para contágio do coronavírus, deve prestar bastante atenção a pequenas atitudes do dia a dia reforçadas pelo Ministério da Saúde: manter distância razoável, de aproximadamente 1.5m, pra que quando a pessoa fale não esteja disseminando gotículas da saliva e não compartilhar objetos como toalhas de rosto e talheres em casa, são passos importantes na prevenção da doença.
Para mais informações sobre o Coronavírus, acesse o site do Ministério da Saúde.
Vamos todos fazer a nossa parte!
Juntos podemos virar esse jogo.